quinta-feira, 12 de agosto de 2010
* Estava Vazio...
Vô Zeca e Vó Zica formavam um casal lindo...Sempre bem humorados, ativos e trabalhadores...
Nunca ocuparam os filhos,sempre dando um jeito de resolver eles mesmos os problemas deles e ainda os dos cinco filhos...
Vó Zica, repentinamente adoece e em pouco tempo se vai...
A tristeza imperava naquela casa agora.Vô Zeca não mais se entusiasmava com nada...
Seus 84 anos repentinamente,lhe pesavam.
O que fazer com o velho, diziam entre si os filhos?
_Eu não posso cuidar, diz João, o mais velho
_Nem eu,
-Nem eu,
- Muito menos eu,
- Vocês não vão querer que fique pra mim esse "pacote", diz o último deles. perguntando aos demais...
Chegaram à conclusão que seria internado...
Comunicaram à ele, que já ouvira de longe tudo aquilo...
Já nem reclamava,estava apático e indiferente...
Levaram ao asilo, junto com ele, cadeira de balanço, um quadro do seu pai, que ele sempre gostara e coisas pessoais.
Instalaram por lá,se despediram com abraços e promessas de retornarem sempre pra visitá-lo...
O tempo passou e nenhuma visita. Estavam sempre ocupados demais...
De tanta tristeza, Vô Zeca se foi...
Nessa hora, foram chamados pela clínica e lá chegaram...
Da porta do quarto viram seu lugar vazio, o balanço da cadeira não mais rangeria no chão de madeira...
E agora?( chica)
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A vida deles continuará e quando envelhecerem também,os filhos deles farão a mesma coisa. Histórias mal resolvidas sempre se repetem e carregam suas culpas.
ResponderExcluirJá estou melhor amiga voltei aos blogs também.
Ontem postei no blodggirls
http://meninasdoblog6.blogspot.com/
Montão de bjs e abraços
Agora...a vida continua no além...os dois estão unidos na Casa do Senhor. Assim acredito, assim vivo.
ResponderExcluirMas a sociedade está assim mesmo...não há tempo a perder com os mais idosos. Tudo tem de continuar rápido...muito rápido.
Lindo texto para reflectir.
Abraço
Mer
Agora? Cada um dá o que tem.
ResponderExcluirEssa história me deixou muito triste sabe? Senti uma dorzinha na alma e olha que nunca tive esse privilégio de ter um vó ou uma vô.
É o que se vê muito é algumas pessoas esquecerem do valioso tesouro que lhes são dados desde o nascimento. Uma família é algo profundamente preciso.
Comovi-me, porque cuido de uma senhora de 83 anos aquém amo de paixão e vi quase o relato de sua história por aqui. Passo a noite com ela para que não fique sozinha e o dia é outra moça. Tenho um carinho por ela tão bonito que não penso na hipótese de sair de lá apenas porque sei que ela iria sofrer porque também me ama.
Queria que eles fossem mais presentes na vida dela, porque muitas vezes enxugo suas lágrimas quando ela desabafa então a abraço e silenciosamente choro com ela sem ela saber.
Sempre me pergunto: por que meu Deus?
Sem ela saber a adotei como minha família, porque sei que lhe dou mais amor do que os seus.
Chica, como sempre amo suas histórias.
Obrigada por existir.
Fernanda.
Olá Chica
ResponderExcluirO mais triste é que isso acontece muito, filhos abandonarem seus pais quando eles pais precisam. Esquecem que também vão envelhecer e que a vida vai lhes cobrar tudo isso.
Beijos
Agora a História se repetirá, só mudarão os personagens. Paz minha amada besos!
ResponderExcluirBom dia Chica, realmente é comovente. Eu frequentei o asilo por alguns anos, fazia Reiki, conversava, ajudava no que podia e sempre foi a mesma história.
ResponderExcluirCada um que lá está se sente só, abandonado e em poucos anos se vai, pois os familiares visitam no começo,mas depois vão espaçando cada vez mais até abandonarem de vez.
Infelismente muitos ainda não tem a noção do que é ser filhos e consequentemente também não saberão ser pais.
Beijos no coração!
Tomara que eles se "redimam" (ta certo essa palavra?) e nao tenham o mesmo futuro de seu pai... chmar de "pacote" e depois lamentar a morte... sem comentarios... Bom pra quem tem parentes velhinhos pensar... a minha véia tem 80 anos, mas parece que tem 30... e ainda assim eu cuidaria dela com todo o prazer do mundo!!! bjs
ResponderExcluirPois é amiga... e agora?
ResponderExcluirAgora vem o remorso, que com toda a certeza, é uma das piores dores que existem.
E é justamente por isso, que devemos sempre fazer para o outro, o que gostaríamos que fizessem para a gente. Se todos agissem assim, te garanto que a vida se tornaria bem mais fácil e serena.
Um dia, todos nós seremos velhinhos (a menos que a gente morra antes...). E aí?...
Assunto para muita reflexão!...
Beijo no coração
Cid@
Querida Chica, nestes meus 72 anos entendo muito bem, Deus nos dá tempo certo...
ResponderExcluirO dia definhou,
Na boca da noite
A saudade calou.
Com carinho,beijos.
Chica, esse conto é tocante, mas o pior é saber que isso acontece a todos os momentos. Será que tais filhos nunca pensam como devem àqueles que lhe deram a vida?
ResponderExcluirbeijos
Muito triste,Chica!Um filho não deve abandonar seus pais na velhice!Bjs,
ResponderExcluirE agora,amiga? Agora a dor de ter abandonado, a dor da saudade, mata cada filho,não fisicamente, mas no coração...
ResponderExcluirNão há mais nada a fazer, o mal já está feito. É tão fácil abandonar. Perderam a chance de aumentar o coração.
ResponderExcluirbeijos
Que conto triste,Chica
ResponderExcluirPior que é muito verdadeiro...
Tenha uma linda tardinha
Beijinhos mil
Verena e Bichinhos
Chica, realidade exposta de forma direta, o que ocorre nas lares, como são os relacionamentos famiíares...ai está um ponto crucial, que é importante que haja a afetividade, a doação ,compartilhar e haver interação entre os menbros de uma família, tem que se doar e receber amor, sem cobranças, sem culpa.A família de hoje esta formando as próximas que virão, então cabe a cada ser humano ser mais solidário, menos egoísta,e buscar compartilhar com a família, amigos, colegas de trabalho, enfim interação total, para que a solidão não seja a dor futura de cada ser humano.
ResponderExcluirBjs Meus, Sonia Notaro.
Chica, realidade exposta de forma direta, o que ocorre nas lares, como são os relacionamentos famiíares...ai está um ponto crucial, que é importante que haja a afetividade, a doação ,compartilhar e haver interação entre os menbros de uma família, tem que se doar e receber amor, sem cobranças, sem culpa.A família de hoje esta formando as próximas que virão, então cabe a cada ser humano ser mais solidário, menos egoísta,e buscar compartilhar com a família, amigos, colegas de trabalho, enfim interação total, para que a solidão, o abandono não seja o futuro de cada ser humano.
ResponderExcluirBjs Meus, Sonia Notaro.
Este texto fez o meu coração ficar tão apertado... vejo essa história repetir-se todos os dias, vi-a nos olhos tristes do meu avô com o desinteresse de quase todos os filhos e netos... no dia em que morreu foi quando um desses filhos, que antes nunca tinha tempo para ele, disse "se eu soubesse..." aparentemente roído de remorso, só aparentemente porque ainda tem a mãe à espera da sua visita e no entanto nunca mais voltou. Os meus avós fazem parte da minha vida e tenho-lhes um amor infinito. Um dia quero ser capaz de fazer pelos meus pais o que vejo eles fazerem pelos meus avós... Quanto aos outros, costuma-se dizer que "filho és, pai serás, assim como fizeres, assim o terás".
ResponderExcluirTriste sociedade esta que negligencia os seus idosos, que esquece a experiência e sabedoria de quem mais sabe, mais viveu, mais cuidou, mais amou...
**
Oi Chica, aos poucos estou conhecendo seus outros espaços, nossa quanta coisa tenho perdido.
ResponderExcluirÉ uma realidade tão triste essa contada no seu texto, meu coração dói por demais quando vejo um pessoa idosa ser abandonada dessa forma pelos familiares.
Tenha uma linda noite.
Beijos.
Chica
ResponderExcluirTeu texto é triste e ao mesmo tempo muito real. Vemos isso todo dia, lares usados como depósitos de idosos, de culpas e do próprio medo de se ver envelhecer na figura do outro!
Bjs
Espero que faça diferença na vida dos meus filhos para que eles não pense que pessoas se tornam fardo quando envelhecem...
ResponderExcluirFique com Deus, menina Chica.
Um abraço.
Chica,
ResponderExcluirJá não tenho meu pai, minha mãe está velhinha, mas muito esperta e ativa. Estou longe dela, mas dou todo conforto e assistência necessária, mas o mais importante está faltando...a minha presença. Me cobro e me culpo as vezes por isso, pois só posso ir ao Brasil uma vez por ano, mas tenho certeza que se um dia ela precisar da minha ajuda, estarei lá do seu lado e dando todo meu carinho e amor..jamais a abandonarei e nem passa pela minha cabeça um dia colocá-la num asilo. Acho isso uma falta de reconhecimento por tudo o que eles fizeram por nós. Não devemos nunca nos esquecer que quando bebes e crianças eles nos cuidaram...e nos cuidam até hoje de uma certa forma. Então chega uma hora em que há uma inversão de papeis e devemos ser conscientes disso.
Nossa, escrevi demais, mas esse texto me entristeceu muito por saber que é a realidade nos dias de hoje...pessoas esquecem da lei do retorno...
Bjs carinhosos
Márcia
Chica, querida... Chorei ao ler este post, pois foi exatamente o que aconteceu com meus avós... Vó Suely se foi...e vô Noé ficou dois longos anos sofrendo sua falta,morava com minha mãe,tinha carinho e cuidado de todos mas... o brilho no olhar foi embora com sua amada.Hoje ele está lá...Junto dela sorrindo novamente!
ResponderExcluirbjsss
carla
Olá amiga Chica. Aínda estou de férias, mas sempre dou um pulinho na net e uma passagem pelos blogues.
ResponderExcluirGostei da história do Avô Zeca e da Avó Zica... "(...)e agora?"
É triste mas aconteçe mesmo, o consumismo da sociedade em que vivemos, a descaracterização de nossas vidas por via desta mesma sociedade sem alma, rendida aos interesses financeiros e económicos, resulta numa morte anunciada da família! Perdem-se afectos, humanismo, carinho e amor. Cabe a cada um de nós avaliar e sobretudo sentir que quem tudo nos deu um dia, mereçe o nosso carinho e protecção.
Tem uma boa noite amiga.
Beijinhos
Chica,
ResponderExcluirQue triste...
E pensar que tanto disso acontece...
Beijos, querida
E agora vem o arrependimento, e agora vem as lembranças de todo sacrifício que ele fez por cada um, agora o remorso açoita as almas, mas é tarde demais, pelo menos por um bom tempo não poderão abraçá-lo e beijando as suas mãos pedir desculpas pelo egoismo, agora eles vão aprender, agora, beijos Luconi
ResponderExcluirE agora vão esperar para no futuro colherem os frutos das arvores que eles plantaram, pois, quem planta vento, colhe tempestade. Belo conto amiga, só que um pouco triste.
ResponderExcluirBeijos,
Furtado.
Chica, não criticarei a atitude, pois cada um sabe de si, mas posso lhe dizer que eu e minha família tivemos que colocar uma pessoa muito amada de minha família, em uma lugar assim, na verdade era uma clínica, pois não tínhamos condição de tratá-la em casa. A decisão nos doeu tanto que gastamos uma fortuna para colocá-la perto de nós e eu de tão triste que fiquei durante quase um ano fui diariamente a clínica, na hora do meu almoço, durante a semana e nos finais de semana passava mais tempo. Todos os dias, sem nenhuma falta. E de tanto que participei da rotina do lugar, um tempo depois, eu estava ajudando as enfermeira a dar comida para os que ali estavam entre outras coisas.
ResponderExcluirO mais triste de tudo é saber que algumas pessoas vão até o local para efetuar o pagamento ou deixar algum produto de higiêne e roupa e sequer entram para dar um alô ou fazer uma visita.
Essa experiência que marcou profundamente e hoje, quando passo em frente a clínica não tem como os meus olhos não encherem de lágrimas, mas da minha parte sei que fiz o meu melhor, com todo o amor e carinho que ela sempre mereceu.
Quando ela nos deixou, eu tive a certeza de que poderia deitar a minha cabeça em meu travesseiro e dormir em paz.
Um beijo
Histórias tristes da novela da vida real. O abandono. Beijos,Chica
ResponderExcluirOi Chica,
ResponderExcluirQue horror: uma pessoa passa uma vida inteira a cuidar dos seus filhos, a trabalhar para lhes dar o melhor que uma pessoa pode; para no fim os ingratos se referirem ao progenitores como "pacote". E que tal se os progenitores os tivessem considerado um pacote que pudesse ter sido abandonado quando as crises apertavam?
Não há nada pior que a ingratidão.
Enfim, esta história também é o reflexo do assassínio de valores que o mundo experiencia. Graças a Deus ainda há culturas que dão valor aos seus idosos. Os filhos que cuidam dos seus pais idosos são Homens de Ren (segundo Confúcio).
Bom fim-de-semana, querida!
Beijos
Olá Chica.
ResponderExcluirQue triste história, é uma pena que o vô Zeca tenha ido de uma forma tão solitária.
Abraços
É bem verdade que não nos cabe julgar, que muitas vezes é necessário fazer o que a vida nos impõe, mesmo que sejam atitudes assim, desumanas.
ResponderExcluirNão é justo agir assim com alguem que certamente nos dedicou a vida, aí simplesmente os consideramos dispensáveis? Incômodos?
Ah, isso me dói muito.
Mesmo triste, foi um lindo texto, Chica.
Eu enquanto menininha da vó e do vô, adorei.
Beijos.
Oii, Chiquinha linda !!!
ResponderExcluirAi que triste, mas mesmo assim uma bela estória.
Bom findi
Beijinhos
Ana
olá Chica!
ResponderExcluirTudo bem? Um conto triste e bem contado. Depois visito... depois penso nisso... depois eu ligo e então o tempo acaba.
bjs
Adriana
Muito triste, amiga... principalmente porque vemos casos muito parecidos na realidade, aliás, quem sabe se essa não é mais um retrato da realidade!
ResponderExcluirBeijos.
Jr.
Que triste realidade espelha suas palavras, amiga querida! E pensar que hoje em dia, com este individualismo exacerbado, as pessoas se esquecem facilmente daqueles que lhes foram importantes nesta vida. Que INGRATIDÃO!! Bj da Mel
ResponderExcluirEsse filme todos nós já vimos , não Chica?
ResponderExcluiruma pena que seja assim , mas ainda tem familias que amam seus velhos e os abraçam até o fim.
Que todas as famílias se concientizem da necessidade da presença constante mesmo que tenham que deixar seus velhinhos em asilos.
bom final de semana Chica
com abraços
Emocionou... Muito tocante, Chica!
ResponderExcluirBjkas!
Hua, kkk, ha, ha, obrigado pelo e-mail, mas também acabo me menosprezando um pouco, vulgo me acho um chato de galochas...
ResponderExcluirFique com Deus, menina Chica.
Um abraço.
Que estoria mais triste, porem, infelimente isso acontece. Me sinto contente por enxergar e dar valor aqueles do meu lado, principalmente meu pai (ja que perdi minha mae) e valorizo demais os sentimentos das pessoas. Se pelo menos todos conseguissem enxergar isso. bjos
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