quinta-feira, 11 de maio de 2017

  ♥ Escolha e decisão... ♥
 



Marília  lutara muito para ter seus dois filhos e conseguira  já com uma certa idade.

Certo dia, o marido, um empresário, lhe disse:

-  Sabes que poderias ainda trabalhar? Consegui pra ti uma emprego que te ocupará e tenho certeza, gostarás de fazer.
- Mas eu não trabalho que chega?  Cuido da nossa casa, dos dois meninos...

_Mas o que pensaste  para mim?

_Uma assessoria simples, mas necessária aos executivos.
Deves te vestir bem, serás uma quase executiva...

Logo ela lembrou que nem roupa adequada pra isso tinha em seu armário.

Lembrou então do seu vestido de Natal e daquele modelo, bem sóbrio, faria outros mais.

Queria estar bem vestida, mas bem coberta, não queria chamar a atenção, aliás, como deveria e  ser  o pensamento em ambiente de trabalho.

Dentro de sua cabeça, Marília já se viu em meio aos homens e mulheres cheios de vontades, dando ordens e com mil pedidos.

Conversou com o marido sobre seus receios e este lhe disse que seria bom e blá, blá, blá...Insistiu para que fosse.

Iniciou seu trabalho...

A empresa era até perto de sua casa e passou então a  conviver, organizar o ambiente com computadores, impressoras, fax, muito cafezinho, tudo pra apenas ajudar o trabalho dos "grandes e tão ocupados executivos" .Uma figura coadjuvante.

E o tempo seguia.
Um dia, Marília ao voltar para casa no meio da manhã , viu suas crianças ainda dormindo, embora o adiantado da hora.

Tudo escuro e a pequeninha, com o corpo todo rabiscado com canetinhas esferográficas e ainda, todo piso, bem marcado com profundos riscos, feitos com ela.

 Ali as duas crianças que agora dormiam, devem ter passado muito tempo sozinhas, quase abandonadas, enquanto ela, ali tão pertinho, atendia aos marmanjos que faziam dela suas secretárias, sem qualquer reconhecimento.

Olhou, re-olhou aquele quadro...Realmente aquilo não lhe dava satisfação.

Viu que, mesmo tendo em casa uma ajudante,o quanto havia deixado pra trás em relação às coisinhas mais importantes de sua vida...

Na mesma hora, sem falar com o marido, resolveu encerrar suas atividades.

Secretárias para executivos poderiam ser conseguidas, mas outra pessoa que melhor cuidasse daqueles dois pequeninhos, nunca mais.

Queria ser ela e ninguém mais a realizar  a tarefa!

Não abdicaria dela. Mais tarde, quando crescessem talvez retomasse tudo.

Logo, logo eles estariam crescidos e o tempo não voltaria, nem as recordações de bons momentos ...

Ao marido, sua decisão não foi muito do agrado, mas com aquele pouco tempo de trabalho lá fora, aprendeu a mostrar o que queria,  fazer sua vontade ter valia!

Assim fez e nunca se arrependeu...

chica







15 comentários:

  1. E ela fez muito bem,pois nada melhor se possível,ficar junto aos filhos para poder criá-los a sua maneira e se um dia precisasse,quem sabe arrumaria um emprego,isso quando os filhos já estivessem crescidos e pudessem voar com suas próprias asas.
    Adorei ler Chica.
    Bjs-Carmen Lúcia.

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  2. Diante dos quadros que se lhe apresentaram, Marília agiu certo, fazendo aquila que ela própria, entendeu ser o melhor.

    abç
    Jan

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  3. Às vezes na vida é preciso abdicar dos nossos sonhos para que possamos nos dedicar ao outro que certamente necessita de nós naquele momento da vida ,e neste caso fez bem e certamente os filhos só ganharam com a sua decisão,beijinhos querida amiga muitas felicidades

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  4. Conheço uma história bem parecida!
    Se pudermos cuidar dos filhos ... Excelente!!! Bj

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  5. E olha que foi por não ver a Alice crescer entregue ás escolas, que o pai saiu do trabalho, ainda assim me sentia fora da vida dela, vindo pra cá estou a cada instante por perto, nada e nem dinheiro algum compensa estar longe do la,r dos filhos

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  6. Chica, hj a licença maternidade é de seis meses. Quando a Leticia nasceu eram quatro meses e eu lembro que arrumei uma senhora pra cuidar dela do lado da escola que eu trabalhava,assim saia nos intervalos pra amamentar,mas mesmo assim fico triste por não ter estado mais com ela nessa fase... Linda e comovente história! bjs

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  7. Oi, Chica, é um dilema. Precisei trabalhar quando as crianças eram pequenas e é uma preocupação constante. Há prejuízos na educação e na convivência que nunca são sanados, embora tenha tido a ventura de achar uma auxiliar cristã para ficar com eles.
    O conto é muito bonito e ótima homenagem para o Dia das Mães.

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  8. De tudo o mais importante foi ela fazer exatamente o que queria, o que lhe foi conveniente, o que lhe trouxe satisfação. Que maravilha!

    Beijos, querida.

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  9. Comentei algo em um vídeo do prof Cortella agora há pouco...Hoje a sociedade e muitas vezes a própria família menospreza as questões maternas na família, é muita cobrança...Se não houver uma parceria acabamos no final das contas (filhos crescidos) nos sentindo um nada, não pelo que não construímos fora, mas pela não valorização. Como mãe, a certeza de ter feito o seu melhor.
    Um lindo dia das mães, Chica querida!!

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  10. Beleza de post, Chica! Louco é quem despreza a importância desse trabalho de mãe e esposa! Boa semana, amiga; espero que o seu Dia das Mães tenha sido bem feliz!

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  11. Oi Chica,
    sorte dela! O pouco empo que parei de trabalhar, me arrependi e muito, mas sou filha de uma avó que trabalhava, uma mãe que trabalhava fora e para mim nunca teve sentido "não trabalhar".
    Bjs

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  12. Se o marido é empresário não existem dificuldades quanto as despesas da casa. Daí, priorizar os filhos foi a sua melhor opção.

    Abraços,

    Furtado

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  13. Sabe eu sempre trabalhei fora, engravidei, pari e minha filha cresceu, comigo curtindo o pouco tempo que tínhamos como se fossem os últimos, a pegava na escola e brincava com ela até o momento de coloca-la na cama. E convivi com muitas mulheres que diferentes da Marilia, não trabalhavam fora e tornavam o convivio com os filhos um martirio, viviam reclamando, alimentava com comidas "fáceis" (leia-se miojo e afins).
    Por isso acredito que a escolha quando feita deve ser algo que realmente dê prazer. Eu não me arrependo nenhum dia de ter trabalhado fora, hoje meu bb aos 20 anos mora em outra cidade e eu parei o trabalho fora de casa e voltei a estudar, passei na faculdade no ultimo ano dela no Ensino Médio.
    Acredito sim que o que vale é termos a oportunidade de escolher. Marília escolheu, mas poderia ter gostado da tarefa fora e ter evoluído profissionalmente e o pai poderia abrir espaço na agenda e passar mais tempo com os filhos.
    São questões que por vezes nos esquecemos de trazer a baila, o pouco tempo que alguns pais dedicam a suas familias, com a "desculpa" que trabalham demais. Ninguem trabalha mais que uma mulher que decida se dedicar a família.

    Muita Luz e Paz!
    Abraços

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  14. O trabalho no lar é muito edificante e deve ser valorizado. Quanto aos filhos, a personagem está certíssima, ninguém substitui a mãe. Muita paz!

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  15. Olá, Chica. Cá estou de volta, depois de um período menos bom. Como sempre o mesmo prazer em lê-la e o gosto em visitá-la. Beijinho.

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✿ Coisa boa te ver aqui!beijos,chica ✿